Os Verdes e as eleições para o Parlamento Europeu II

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Edição especial – Eleições – Parlamento Europeu 2014 – Parte II

Ano II – Nº 12 – Edição eletrônica de 28.05.2014 – Editado e Distribuído por Claudio Turtelli

Os Verdes e as eleições para o Parlamento Europeu (II)

a1As eleições na União Europeia terminaram e quatrocentos (400) milhões de pessoas tiveram oportunidade de exercer os seus direitos, escolhendo os 751 eurodeputados, em 28 Estados-Membros, que ajudarão a direcionar o destino político do continente nos próximos cinco anos.

Trinta e cinco anos depois de realizar sua primeira eleição (1979), com apenas nove países participantes, a União Europeia realizou a sua oitava eleição continental que começou na última quinta-feira, dia 22 de maio, no Reino Unido e nos Países Baixos, continuou, sexta-feira, na Irlanda e República Checa e no sábado aconteceu na Letónia, Malta, Eslováquia e República Checa. O restante dos países (20) pertencentes ao Bloco organizaram as eleições no domingo, 25 de maio.

O comparecimento de eleitores nestas eleições foi de 43,11%. É a primeira vez na história das eleições europeias, realizada desde 1979, que a participação do eleitorado não diminui. É bom lembrar que em muitos países do Bloco o voto não foi obrigatório.

Na legislatura que ocorreu entre 2009 e 2014, o Parlamento Europeu teve mais poder do que nunca. Pela primeira vez, pode decidir sobre a totalidade do orçamento da União Europeia, sobre os grandes acordos comerciais internacionais, bem como sobre a maioria da legislação do Bloco. Para legislatura 2014/2019, os poderes do Parlamento Europeu foram ampliados ainda mais.

Para efeito comparativo de desempenho das forças políticas no continente, terminada as eleições europeias, relacionamos abaixo uma quadro de como estava, em 2009, e como ficou, em 2014, o número de cadeiras no Parlamento Europeu. Outras coalizões podem ser estabelecidas antes da posse do Parlamento eleito.

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O novo Parlamento Europeu

A real composição dos grupos políticos que formarão o novo Parlamento Europeu será finalizada só na próxima semana, com as prováveis formações de outras coalizões. A distância entre as maiores forças políticas da UE diminuiu, mas nenhum Partido (Grupo) alcançou a maioria absoluta dos 751 assentos. O grupo conservador-cristão, (Partido Popular Europeu-PPE) perdeu muitas cadeiras, mas continua sendo o maior Grupo com 213 cadeiras, enquanto a Aliança Progressista dos Socialistas (S&D) ficará com 191.

Por outro lado, o novo Parlamento Europeu passou a ter mais representantes nos extremos, tanto na ala de direita, como de esquerda. Os grupos do centro ficaram menores, o que tornará mais trabalhoso a prática política do dia a dia e a formação de coalizões.

Grupos de direita cresceram

As facções direitistas eurocéticas e antieuropeias ficaram mais fortes e poderão formar duas bancadas robustas. Os grupos extremamente nacionalistas e xenófobos – como  a Frente Nacional (França), de Marine Le Pen, e o Partido para a Liberdade (PVV), de Geert Wilders, da Holanda – poderão se unir aos extremistas de outros Estados-membros, formando uma nova bancada com um número considerável de parlamentares.

A bancada nacionalista antieuropeia, já em atividade, da qual faz parte o UK Independence Party (Ukip) de Nigel Farage, cresceu. É bem possível que o “Movimento Cinco Estrelas”, liderado pelo antieuropeu italiano Beppe Grillo, entre para esse grupo. Somado a uma outra bancada eurocética, a Moderada, os grupos de opositores à UE e nacionalistas ficaram consideravelmente numerosos. Em caso de coalizão, podem se tornar a Terceira ou quarta maior força dentro do novo Parlamento Europeu, com um quinto de todos os eurodeputados. Mas, isso só os dias que virão dirá. Foi na França, Reino Unido e Holanda, onde os partidos estabelecidos perderam terreno considerável para essa corrente. Assim, a Frente Nacional (FN) domina entre os franceses e, na Inglaterra, o Ukip se encontra à frente do Partido Trabalhista e dos demais.

Esquerda, Liberais e Verdes

Para participar do Parlamento Europeu, cada grupo político deve ser composto, pelo menos, por 25 deputados de um mínimo de sete Estados-Membros. É sob esta premissa que as articulações para formação de novas coalizões devem começar e terminar julho, quando o novo Parlamento Europeu entrará em cena.

As cadeiras dos liberais diminuiram, enquanto a extrema esquerda aumentou suas bancadas devido ao crescimento de partidos do Sul da Europa, tais como a Coligação da Esquerda Radical (Syriza), da Grécia e da Esquerda Unida (IU), e da Espanha, que prosperaram graças à crise do Euro.

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O Grupo Verdes/EFA, que em 2009 elegeu 55 eurodeputados, diminuiu suas cadeiras no Parlamento Europeu, principalmente em países chaves como França e Alemanha. Da Aliança Verdes/EFA, foi exatamente do Partido Verde Europeu que sofreu maiores perdas. Elegeu 37 parlamentares, contra 47, em 2009. A EFA, elevou suas cadeiras de 7 para 12 e outros três parlamentares foram eleitos de forma independente, totalizando 52 cadeiras nas eleições de 2014. Mas, falta mesmo vai fazer o legendário “Dany le Rouge”, Daniel Conh-bendit, que se despediu da vida pública europeia e não estará entre os eurodeputados Verdes/EFA nesta legislatura.

Abaixo a tabelas com os resultados comparitivos dos Verdes/EFA referente aos períodos de 2009 e 2014, assim como, a relação dos eurodeputados eleitos pelo Partido Verde Europeu.

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