“O PV foi pioneiro na inclusão do tema diversidade, antes mesmo dos partidos de esquerda”, afirma André Cagni

Por Marco Sobreiro
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Se hoje o tema diversidade faz parte do debate político no Brasil, isso se deve ao pioneirismo do PV, que incluiu a pauta em seu programa de forma efetiva e visível. A avaliação é de André “Pomba” Cagni, secretário estadual de Direitos Humanos e Diversidade do partido. Jornalista e produtor cultural histórico em São Paulo, Cagni lembra que o termo diversidade não inclui apenas a temática LGBTI, mas também a população negra, indígena, pessoas com deficiência e as religiões afro.

“O PV foi o primeiro partido a discutir esses temas, muito antes dos partidos de esquerda, que hoje buscam atrair esse público”, afirma Pomba, acrescentando que muitas vezes os objetivos eleitorais dessa ligação são maiores do que os compromissos práticos, como a elaboração de políticas públicas eficientes, por exemplo.

Mas a esquerda não é a única a ser criticada: a polarização política que domina o país atualmente leva Pomba a também não poupar a direita. Para ele, o atual presidente vai muito além: atua para forçar um rompimento institucional, com ataques constantes e cada vez mais diretos à democracia. Isso sem falar na falta de propostas para crise econômica que afeta o país, agravada sensivelmente com a pandemia do Coronavírus.

“Bolsonaro sempre demonstrou desprezo pela cultura e, ao fazer isso, compromete toda a cadeia da economia criativa que é de suma importância para o Brasil”, pontua. Lembra com saudade do tempo em que atuou na Secretária de Estado da Cultura na festejada gestão José Luiz Penna/Romildo Campello, e enxerga com tristeza que esse retrocesso nas políticas públicas de cultura também atingiu o Estado de São Paulo.

O vácuo deixado pelo Governo Federal no apoio à população acaba sendo preenchido por entidades e ONGs. Uma delas é a Associação Cultural Educacional e Social Dynamite (ACESD). A entidade é gestora do Centro de Cidadania LGBTI Laura Vermont – Leste e do Centro de Cidadania LGBTI Luana Barbosa dos Reis – Norte (do qual Pomba é o coordenador) e já distribuiu 500 cestas básicas a cidadãos em situação de vulnerabilidade.

Para Pomba, o PV pode e deve ocupar um espaço privilegiado em meio a esta polarização política. Enquanto os dois extremos ideológicos se retroalimentam, o PV surge como uma opção caracterizada por valores universais como a sustentabilidade, a gestão eficiente, o respeito ao meio ambiente e a diversidade, entre outros.

“Aos poucos, a sociedade começa a perceber o quanto essa polarização esquerda/direita é danosa. Embora ainda não creia que seja visível já na eleição municipal deste ano, a necessidade de uma alternativa vai aparecer mais forte na eleição de 2022”, analisa, para completar com uma frase de Fernando Gabeira que sintetiza o papel do partido: “O PV não está nem à direita nem à esquerda, está à frente”.

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