“O Brasil precisa de uma política ambiental clara para ampliar o comércio com o mundo”, afirma Antonino Grasso

Por Marco Sobreiro

Italiano de nascimento e brasileiro de coração, Antonino Grasso ocupa a Secretaria de Finanças do PV e entende que o Brasil poderia melhorar sua posição no comércio exterior – principalmente como exportador de allimentos – caso fizesse uma correção na política ambiental. Para ele, o governo Bolsonaro poderia ser mais claro na condução desta área, o que resultaria em grandes possibilidades para os empresários do setor. Mas Antonino entende que, com o passar do tempo, as próprias empresas da área começarão a solicitar essa mudança, sobretudo se observarem que o mercado externo corre o risco de se reduzir.

“Os países europeus dão muito valor ao ‘selo verde’ para os alimentos e essa é uma tendência que vai crescer cada vez mais. O Brasil é hoje um celeiro para o mundo e a existência de uma política de meio ambiente conectada com essas características seria muito bem vinda. Fazer ajustes na condução dessa área seria excelente para todos, pois beneficiaria os exportadores e aqueceria nossa economia do país em meio a essa pandemia”, afirma.

Ele salienta que o PV possui lideranças de peso na área ambiental, como Fernando Gabeira, Eduardo Jorge, Roberto Tripoli, Gilberto Natalini, o presidente nacional José Luiz Penna, entre outros. Antonino menciona também Alfredo Sirkis, que foi deputado federal pelo partido e que faleceu recentemente, aos 69 anos, em um acidente automobilístico. “O nosso partido está na vanguarda mundial nesse sentido, contamos com líderes preparados e temos propostas que estão de acordo com o que o mundo pensa atualmente”, observa.

Natural do sul da Itália, Antonino mudou-se para o Brasil há 40 anos. Já namorava sua esposa na época – os dois se conheceram na Itália – e decidiram se mudar para São Paulo, onde se estabeleceram na Moóca, onde a família vive até hoje. “Minha esposa é brasileira e meu sogro trabalhava na mesma área que eu, no ramo da construção. Então viemos para São Paulo e começamos a trabalhar juntos. A cidade naquela época era muito diferente, bem menor e mais tranquila”, recorda-se.

Apesar disso, o ar cosmopolita de São Paulo agradou Antonino. O início da vida na capital paulista foi dedicado ao trabalho e à família – o casal tem dois filhos. A atuação na política teve início em 1993, mas nunca como candidato a cargos públicos. “Nunca pensei em concorrer a vereador ou deputado, por exemplo, acho que não teria paciência para exercer um cargo público”, comenta, bem humorado. O trabalho de Antonino concentrou-se desde o início nos bastidores, ajudando na estruturação dos partidos e no apoio a quem ocupava funções de comando.

Em 2007, ele entrou no PV, onde já conhecia o atual presidente da Executiva Estadual, Marcos Belizário. Juntos, trabalharam na gestão do prefeito Gilberto Kassab, na capital paulista. Belizário atuou como secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzia, tendo como adjunto Antonino Grasso. Foi uma experiência positiva, pois os dois conseguiram importantes avanços na área, beneficiando uma parcela da população que precisa de políticas públicas e ações efetivas em acessibilidade e inclusão, por exemplo.

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