Notícias Verdes Planetária de 11.10.2013

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Verdes da Gringa

Notícias Verdes Planetária

Ano I – Nº 8 – Edição eletrônica de 11.10.2013 – Editado e Distribuído por Claudio Turtelli

Partido Verde Alemão decresce no Parlamento

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O Partido Verde Alemão, presente em todos os parlamentos dos estados da Federação e à frente de seis governos estaduais, obteve um resultado insatis-fatório na eleição nacional realizada no último dia 22 de setembro. Dos 10,7% dos votos conquistados nas eleições anteriores, caiu para 8,4%, reduzindo sua posição anterior na Câmara Baixa do Parlamento Federal (Bundestag) de 68 para 63 cadeiras.

A queda só não foi maior para os verdes (em número de cadeiras conquistadas) porque dois partidos, entre eles o FDP (liberais democratas), chegaram próximos, mas não conseguiram os 5% dos votos necessários para formar suas bancadas no Budestag. Por outro lado, com 41,5% dos votos e 311 cadeiras conquistadas, de um total de 630 existentes, os conservadores (CDU/CSU) registraram seu melhor resultado, desde a reunificação da Alemanha, em 1990. Faltou pouco para o CDU conquistar a maioria absoluta, fato ocorrido pela última vez no mandato do chanceler Konrad Adenauer, em 1957.

Após a vitória nas eleições legislativas, a atual chanceler alemã, Angela Merkel, privada de uma maioria absoluta e também impossibilitada de fazer uma aliança com os liberais democratas (FDP), que não terão representantes no Bundestag por não terem alcançado o mínimo exigido de votos, será obrigada a se aliar aos sociais democra¬tas (SPD) ou aos verdes (Die Grünen) para formar uma maioria e governar.

A aliança com os verdes é considerada, a priori, pouco provável. As negociações devem ser particularmente tensas com o CSU, ramo bávaro e muito conservador do CDU, cuja filosofia é incompatível com a cultura libertária verde. Como exemplo da falta de sintonia, ao contrário dos conservadores, os verdes defendem uma legislação que equipara o casamento entre homossexuais ao casamento heterossexual. Defendem também o total direito, sem reservas, à adoção por parte de casais do mesmo sexo.

O CDU deve, em todo caso, conviver com a pressão de uma maioria matemática dos partidos de esquerda, em ambas as Casas do Parlamento (Bundestag e Bundesrat). O SPD, Die Grünen e o radical Die Linke (que conquistou mais as¬sentos que os verdes), obtiveram juntos 319 das 630 cadeiras no Bundestag. Se houver uma aliança de esquerda ela será capaz de, a qualquer mo¬mento, ameaçar An¬gela Merkel. Mas, tanto o SPD, como os verdes, rejeitaram essa possibilidade, argumentando que o Die Linke não é “maduro” o bastante para governar.


Partido Verde avança na Áustria

Partido-Verde-avanca-na-austriaSe na Alemanha os resultados das eleições não foram favoráveis, na Áustria correu tudo às mil maravilhas. Os verdes, em uma campanha franca, com muito entusiasmo e eficiência, fizeram sua melhor eleição, cres¬cendo em votos e em nú¬mero de assentos no Congresso Nacio¬nal, pela quarta eleição consecu¬tiva. O PV Austríaco (Die Grünen) sufragou 12,4% dos votos, conquistando 24 das 183 cadeiras exis¬tentes no Parlamento.

Com propostas claras, defendendo um modelo econômico baseado na sustentabilidade e na ampliação de medidas de cunho social e ecológico, os verdes fizeram uma campanha vibrante e certeira, mostrando claramente que há espaço para uma só voz social e ecologicamente verde na Áustria e na Europa. O PV Austríaco já havia sufragado 20% dos votos em Salzburgo, nas eleições de maio, além de aumen¬tar seus assentos no Tirol, Baixa Áustria e Caríntia.


Partido Verde Sérvio faz manifesto em apoio à comunidade GLBT

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O Partido Verde da Sérvia expressou  sua decepção com o cancelamento, promovido pelas autoridades governamentais, da Parada do Orgulho GLBT, programada para ocorrer no último dia 28 de setembro, nas ruas de Belgrado. Os verdes argumentaram que a Sérvia perdeu mais uma oportunidade de mostrar ao mundo que é uma democracia madura e que todos os cidadãos são iguais em seus direitos.

Para a co-presidente do Partido Verde Europeu, Monica Frassoni, “a realização da Parada do Orgulho nas ruas de Belgrado, com segurança adequada fornecida pelas autoridades, iria acrescentar muito aos direitos das pessoas LGBT e seria outro sinal do compromisso da Sérvia para a criação de uma cultura de tolerância e diversidade. Como a Rússia começou a perseguir e assediar suas comunidades LGBT, há uma necessidade de ação sistemática em toda a Europa para reforçar a consciência dos direitos básicos de todos os níveis da sociedade”.


Jovem Verdes apoiam a campanha das primárias do PV Europeu

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A Federação Europeia dos Jovens Verdes (FYEG) entrou com tudo na pré-campanha de 2014, apoiando a decisão do PV Europeu de realizar as primárias para a escolha dos candida-tos cabeças de listas  dos verdes. Eles justificam seu apoio dizendo que acreditam que esta pode ser uma ferramenta facilitadora que vai na direção certa em dar mais poder de decisão às pessoas.

No blog do co-presidente da FLYEG, Michael Bloss, a mensagem é que os Jovens Verdes decidiram participar ativamente das primárias, enviando para isso, o seu próprio candidato. Bloss acredita que “as fronteiras são arbitrárias e que as eleições europeias não devem ser baseadas somente em listas nacionais, mas também em listas transeuropeias. É necessário criar um debate mais amplo, transcendendo as fronteiras nacionais. Aliás, os verdes já estão fazendo este debate ao se antecipar no processo, deixando que a escolha de seus candidatos seja feita pela sociedade.


Italianos criam movimento para amplificar teses verdes

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A Itália de hoje está imersa em uma profunda crise caracterizada por uma recessão econômica prolongada, um agravamento acentuado na desigualdade e um alto nível de desemprego (40% são jovens). Nesta condição de angústia e sofrimento socioeconômico, soma-se ainda a corrupção generalizada, a endêmica evasão fiscal do crime organizado, a baixa eficiência e baixa autoridade das instituições públicas e a desconfiança galopante dos cidadãos na política.

“Um novo movimento batizado de greenitalia nasceu para ajudar o país a abraçar seu coração ecológico e social”, afirma Monica Frassoni, co-presidente do Partido Verde Europeu. Para implementar o projeto, o foco das discussões abrange quatro grandes temas: a proteção política para a economia verde; o trabalho contínuo para derrotar a corrupção e o crime organizado; a promoção dos valores europeus e a promoção e proteção da cultura italiana.


Relatório do Clima: O que os Verdes Europeus estão dizendo?

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O relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change), divulgado em Estocolmo, em 27 de setembro, mostrou, com 95% de certeza, que os seres humanos são a causa dominante das mudanças climáticas no planeta. Verdes de toda a Europa se apressaram para exigir de seus governos e das comunidades dos seus países, uma forma de frear as emissões de carbono.

Parlamento Europeu

No Parlamento Europeu, o porta-voz dos verdes para o Clima, Satu Hasi, disse que “a janela de oportunidade para tomar medidas que reduzam as emissões, intensificando a prevenção para possíveis alterações climáticas descontroladas, está fechando, enquanto a resposta da União Europeia às mudanças climáticas está se enfraquecendo, ao invés de se fortalecer. A UE precisa ter esta questão como uma prioridade e romper com sua costumeira prevaricação climática”.

Grécia

O líder do Partido Verde Grego (Ecologoi Prasinoi) argumentou que “a UE tem que recuperar sua posição de liderança, empenhando-se no esforço global para proteger o clima, começando com as ambiciosas metas obrigatórias estabelecidas para 2030, que visam reduzir o  consumo de combustível, as emissões de carbono e o aumento da participação em sistemas de energias renováveis.”

Irlanda

Na Irlanda, o líder do Partido Verde, Eamon Ryan, argumentou que “este relatório (IPCC) é um apelo não só aos governos, mas à toda comunidade. Todos devem ajudar. Precisamos acatar a nova realidade de forma colaborativa e criativa, ouvindo opiniões diferentes e aprendendo à medida que avançamos”.

PV Europeu

O porta-voz do PV Europeu para o Clima, Bas Eikhout, disse que “o relatório do IPCC deixa claro que não há como continuar queimando combustíveis fósseis, se quisermos evitar as consequências das mudanças climáticas”.

Reino Unido

Natalie Bennett, líder do Partido Verde da Inglaterra e do País de Gales (GPEW) desta¬cou o consenso científico sobre a mudança climática. “Estamos falando de 95% de certeza e do consenso de 97% dos cientistas sobre o impacto da ação humana na amplificação do efeito estufa. Aqueles que negam a ciência não deve ter mais assento neste debate”.

Suécia

O líder do Partido Verde da Suécia (Miljöpartiet de Gröna) deixou claro que a mudança deve acontecer em um nível coletivo. “É um grande desafio, mas é perfeita¬mente possível. A tecnologia existe e, eventualmente, os novos empregos verdes em áreas rurais e urbanas. Nós podemos fazer como indivíduos, mas só quando esta¬mos juntos podemos mudar significativamente o jogo”.

Noruega

A eurodeputada Rasmus Hansson, do Partido Verde da Noruega (Miljøpartiet De Grønne), quer que o novo governo vá muito além dos compromissos assumidos sobre as mudanças climáticas. “O IPCC apresenta um novo relatório que mostra que devemos agir com mais urgência do que nunca”.

França

Para o PV Francês (Les Verts) o tempo é essencial quando se trata de mudanças climáticas. Alegam os seus dirigentes que “o relatório do IPCC indica que ainda é possível limitar o aquecimento global abaixo de 2°C, até o final do século e as ações e os esforços para atingir esse objetivo são conhecidos. Não há mais como protelar essa discussão. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP21), que será realizada em Paris, em 2015, é uma data crucial”.


FONTES DESTA EDIÇÃO: EUROGREENS – DIE GRONEER – GRÖNEER – THE GREENS GROUP/EFA – MILJØPARTIET DE GRØNNE

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