Verdes da Gringa
Notícias Verdes Planetária
Ano I – Nº 2 – Edição eletrônica de 07 a 13.07.2013 – Editado e Distribuído por Claudio Turtelli
Verdes Europeus em plena campanha
O Partido Verde Europeu (EGP) quer fazer uma campanha ambiciosa, focando as eleições de 2014. A ideia é que, em todo o continente, mesmo com as diferenças regionais (países), a legenda apresente uma mensagem comum e uma única identidade visual. Na pré-campanha (primárias), com já vimos na edição anterior desta coluna, a grande novidade fica por conta da escolha dos pré-candidatos (o n° 1 e o n° 2 da lista verde), via internet, por todo e qualquer cidadão da comunidade europeia, acima dos 16 anos.
Monica Frassoni, vice-presidente do EGP, argumenta que há um outro caminho a seguir na política do continente e que os verdes também usarão esta campanha para intensificar a luta contra o populismo. Ela acredita que o elemento pan-europeu da campanha verde pode ajudar a criar uma atmosfera política europeia, onde os cidadãos possam examinar, discutir e votar com base em questões que afetam suas vidas.
Já Reinhard Bütikofer , também vice-presidente do EGP, enfatiza que a campanha da legenda vai mostrar uma visão clara para o futuro da Europa, abordando diretamente questões de coesão social baseada no crescimento econômico e proteção ambiental.
União Europeia aumenta consumo de produtos de áreas desmatadas
Um novo estudo que acaba de ser publicado pela Comissão Europeia apresenta evidências preocupantes sobre a forma como os produtos de importação da UE (agricultura e pecuária), provindos de áreas de desmatamento, cresceram mais do que o esperado, apesar do compromisso do bloco em contribuir para a redução em 50%, até 2020, do desmatamento em áreas tropicais.
Entre 1990 e 2008, a Europa importou e consumiu produtos que utilizaram cerca de 9 milhões de hectares de terras desmatadas (cerca de três vezes o tamanho da Bélgica). Estes números representam uma estimativa muito baixa, não incluindo a crescente demanda de biomassa nos últimos anos. Neste registro negativo, a UE está bem à frente de outras regiões industrializadas: Leste da Ásia, incluindo o Japão e a China, que importou 4,5 milhões de hectares e na América do Norte, com 1,9 milhões de hectares, no mesmo período.
O relatório denominado “O impacto do consumo da UE sobre o desmatamento”, mostra que a maioria das culturas e produtos de origem animal que podem estar ligados ao desmatamento tropical são consumidas a nível local ou regional, sendo que, aproximadamente 36% destes produtos comercializados no planeta, têm como destino países da UE. O aumento do consumo de culturas como soja e a carne são as principais causas de desmatamento em áreas tropicais.
Vem ai o Plano de Ação Europeu para o Meio ambiente (o sétimo) que deve dar sugestões concretas sobre como reduzir o impacto sobre as florestas ameaçadas de extinção, assim como a forma de ajudar a reduzir o consumo de produtos ligados ao desmatamento. Se realmente quiserem cumprir com o compromisso de reduzir o desmatamento em 50%, até 2020, a Comissão Europeia, Estados-Membros e o Parlamento Europeu devem rever, minuciosamente, todas as políticas que estão associados ao consumo de recursos de áreas tropicais desmatadas.
Na mira dos Verdes: O Acordo de Livre Comércio entre EUA e UE
A União Europeia (UE) e os Estados Unidos (EUA) iniciaram, durante a Cúpula do G8, na Irlanda do Norte, as negociações oficiais para a criação de um acordo de livre comércio que deverá ser o mais amplo do mundo. O acordo preve que durante os próximos dois anos, as duas regiões deverão negociar a eliminação de tarifas alfandegárias e barreiras comerciais, assim como o estabelecimento de diferentes padrões de qualidade.
Boa parte dos governantes em exercício no bloco europeu concordam que, do ponto de vista comercial, tudo parece apontar a favor do acordo, embora aguns admitam que a medida não seria suficiente para resolver os problemas do crescimento e do desemprego.
Por outro lado, os órgãos de defesa do consumidor do bloco e o Partido Verde no Parlamento Europeu estão céticos em relação ao acordo. O francês Yannick Jadot, do Partido Verde, alerta contra importações futuras, ironicamente salientando que “não queremos alimentos geneticamente modificados, carnes com hormônios ou carnes desinfetadas com cloro”.
Partido Verde Português faz oposição dura ao Governo
O Conselho Nacional do Partido Ecologista “Os Verdes” emitiu um nanifesto delatando todas as anomalias da atual aliança política que governa Portugal (PSD/CDS). Em parte do manifesto os verdes denunciam que, nos dois últimos anos, as medidas governamentais tomadas na área ambiental só visaram garantir certos interesses econômicos através da privatização de setores estruturantes, mas não garantiu a solução dos problemas ambientais existentes, tão pouco, fez uma gestão cautelosa dos recursos naturais.
Os verdes portugueses argumentam ainda que há falta de atenção do atual governo em vários seguimentos: à questão e ao cumprimento da Lei do Amianto; em relação aos passos que foram dados no sentido de privatizar a água e a coleta de resíduos; na política de transportes; na manutenção do Programa Nacional de Barragens; na estratégia política de reflorestamento que abre largas portas à eucaliptização e na estratégia para o mar, que passa ao lado dos grandes desafios deste século. Entre outros, são exemplos gritantes de dois anos de políticas públicas que contribuíram para o agravamento ambiental e a degradação dos recursos naturais.
Em decorrencia, a deputada verde Heloísa Apolónia (PEV) anunciou, durante o debate do Estado da Nação, que “Os Verdes” apresentarão uma moção de censura no Parlamento, ao atual governo.
Manifestação de Jovens Verdes Europeus repudiam atuação do G8
Foi durante a Cúpula das chamadas Nações Desenvolvidas (G8), na Irlanda do Norte, que a Federação Europeia dos Jovens Verdes (FYEG) e os Jovens Verdes da Irlanda, em manifestação, fizeram duras críticas ao G8, que denominam de entidade antidemocrática, classificando seus representantes como auto-proclamados “líderes do mundo”. Em tom irônico os Jovens Verdes argumentaram que todos os anos os líderes das oito grandes potências econômicas se reunem para “fingir que trabalham” na resolução de problemas do mundo, enquanto, na verdade, estão fazendo negócios.
Os Jovens Verdes não são os primeiros a acusar o G8 de decidir uma grande parte das políticas globais, em geral, social e ecologicamente destrutivas, sem qualquer legitimidade, nem transparência.
Michael Bloss, porta-voz adjunto da FYEG salientou que a grande reivindicação, hoje, é trabalhar na organização de um mundo melhor, especialmente no hemisfério sul, aonde há mais desigualdades. No entanto, segundo Bloss, os líderes do G8 ainda excluem os países em desenvolvimento na troca automática de informações sobre impostos. Nos países africanos, por exemplo, são 40 bilhões de euros em sonegação de impostos. Atos criminosos praticados por empresas ocidentais, sem qualquer punição. Os jovens verdes dununciaram e clamaram para que este tipo de exploração seja interrompido imediatamente.