“Integrar um partido político é uma atitude cidadã elevada” afirma Leda Aschermann

Por Marco Sobreiro

Enfermeira de Saúde Pública por formação e militante partidária participativa, defensora das bandeiras do Partido Verde como preservação ambiental, espiritualidade e cultura de paz. Assim pode ser definida Leda Aschermann, presidente do diretório municipal do partido em Itapecerica da Serra e membro do diretório estadual. Filiada à legenda desde 2005, apos deixar o PT, Leda entende que a participação dos cidadãos em um partido político confere identidade política e é uma ferramenta de construção e fortalecimento da jovem democracia brasileira. Tanto que, em seu caso, frequentemente é apresentada como “a Leda, do PV” – o que sem dúvida atribui informação sobre o cidadão.

“Me filiei ao PV no mesmo dia em que deixei o PT. Entendo que fazer parte, atuar e defender as bandeiras em um partido é um importante exercício de pertencimento, de exercício democrático, princípios e valores. Participei de momentos históricos como o processo de redemocratização do país. Estes coletivos são os primeiros espaços de construção de saber, interação, formação política e respeito às diferenças”, afirma.

A atuação político-partidária, segundo ela, é um laboratório para que se conheça melhor o país. O debate, a troca de idéias e olhares, as decisões, tudo passa pela apropriação e o conhecimento de como a sociedade funciona e o que ela deseja. O PV, observa Leda, possui bandeiras sólidas e conhecidas por todos, o que confere à legenda uma representação social defendida pelas suas propostas e princípios. “Temos pilares firmes, o PV é um partido orgânico e é uma satisfação integrar este grupo”, diz.

Sobre a política nacional, Leda entende que a eleição do atual presidente pode ser considerada um “efeito colateral” da administração anterior. De acordo com ela, o PT teve acertos e não deve ser “demonizado”, mas, por outro lado, cometeu graves erros que resultaram na abertura de uma polarização na política que resultou em um grande e perigoso vazio no debate democrático necessário.

Agendas fundamentais ficaram de fora desta discussão, lembra Leda. Meio ambiente, saúde, educação, desenvolvimento sustentável e segurança pública, por exemplo, foram silenciadas. “A polarização impediu o debate de propostas”, avalia. Na sua opinião. o PV não deve entrar neste “convite” nas próximas eleições. “O partido possui conhecimento técnico e experiência em áreas chaves como legislação ambiental e planejamento urbano. “Onde houver um debate político sério e organizado e a necessidade de conhecimento técnico, o PV destará presente, atuando de forma interdisciplinar. Temos muito a contribuir para o crescimento do Brasil”, finaliza.

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