Deputado Penna avalia atuação do PV na Comissão de Meio Ambiente da Câmara Federal

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1- Como o Senhor avalia a participação do Partido Verde frente à presidência da CMADS nesses dois últimos anos?

É absolutamente estratégico para nós e para o Brasil também. O país possui uma política agrícola extremamente irresponsável em relação ao nosso meio ambiente, sem a menor sustentabilidade. Nesse sentido, o PV tentou frear a vontade dos agricultores atrás do lucro fácil em detrimento das nossas reservas. Além da produção agrícola, estamos muito preocupados com o lixo no mar, as fontes de energia, biosseguranca e transgenicos.

2 – O trabalho realizado neste ano atendeu às suas expectativas ao assumir a presidência da CMADS em 2013?

Na verdade, nós tínhamos embates pronunciados com as lideranças do agronegócio que viram na CMADS o local para fazer o enfrentamento com as ideias da sustentabilidade. Então tive que ter uma postura de negociação, colocando a ciência, o conhecimento, como ministro da nossa discussão. Tínhamos que diminuir esse impacto para poder chegar a soluções negociadas que, mesmo sob pressão, ainda fossem vantajosas para as perspectivas do desenvolvimento sustentável. Para mim a experiência foi única, tentei levar com muita bossa, e acho que fui bem. Agradeço muito ao Partido, e acredito que consegui o respeito de todos, aliados e adversários.

3 – Dentre os temas debatidos pelo colegiado, quais Vossa Excelência acha que devem ter a discussão aprofundada em 2014?

As questões ambientais são permanentes. A matriz energética do gás de xisto, por exemplo, é uma tecnologia nova e de impactos terríveis. Penso que, antes de investir em novas tecnologias, temos que discutir a real necessidade de implementação de uma nova matriz energética. Eu não vejo nenhum leilão assim tão divulgado em relação às energias limpas, à energia solar ou eólica, onde temos um enorme potencial. Ou não somos um país tropical?

Também acho que a CMADS terá que avançar num perfil propositivo. Essa questão das águas, especialmente do mar, é absolutamente estratégica para o Brasil. Além de não estimularmos a produtividade pesqueira, no sentido de criar novos corais, fontes de vida marinha, ainda jogamos lixo e esgoto in natura. Mesmo com o potencial que temos em água doce, também não temos uma produção pesqueira de vulto. Diferente do resto do mundo, ainda baseamos nossa alimentação na carne bovina. Aí temos essa coisa do boi na Amazônia, no Pantanal, em tudo que é lugar. E o boi é o anjo exterminador de florestas, é um negócio de doido.

Teremos ainda que dar respostas às demandas mais recentes da sociedade, abrir discussões. Essa cobrança social em defesa dos animais, por exemplo, é sinal de uma mudanca profunda. Nós temos uma posição de partícipe na cadeia de vida, os animais e os vegetais são nossos parceiros nessa aventura da sobrevivência. Ainda hoje encontramos condições absolutamente perversas para animais de tração, pesquisa com bichos, como foi o caso dos beagles de São Roque. A humanidade vai trocando os arquétipos antigos de dominação da natureza, e deseja ter uma relação respeitosa e de parceria com a vida animal. Nós somos dependentes e, certamente, é essa relação que vai possibilitar a sobrevivência do ser humano sobre a Terra.

4 – Como presidente do Partido Verde, qual a expectativa do partido para a CMADS em 2014?

Nós vamos tecer alguns acordos e sensibilizar alguns Partidos para tentar manter nossa representação na Comissão. Mesmo que a presidência não fique com o PV, teremos companheiros para continuar empurrando para dias melhores a produção da CMADS.

Também acho que, nesse momento, os verdes podem prestar um grande serviço à sociedade na Comissão de Direitos Humanos, por exemplo. Nós temos um grande trabalho com os negros e com os índios, e os assuntos da CDH terminam sendo de alguma maneira correlatos às questões ambientais.

Fonte: Assessoria de Imprensa –Liderança do PV na Câmara dos Deputados

Secretaria Estadual de Comunicação
Partido Verde – São Paulo

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